Monday, April 04, 2005

Recordando os Esquecidos Coariense


QUERO AQUI DESPERTAR
A SUA CURIOSIDADE
PRA VER SE AINDA LEMBRA
DESTA PERSONALIDADE
FORAM GENTE QUE FIZERAM
SUCESSO NESTA CIDADE

Por isto preste atenção
que não vou sair do tom
Mostrando que sou entendido
possuidor deste dom
por isso é que lhe garanto
recordar é sempre bom

Comece agora mesmo
Mas antes pare e pense
me ajude a divulgar
porque todos eles merecem
Vamos juntos recordando
os esquecidos COARIENSES.

Você talvez não conheceu
Ou seu nome nunca ouviu
foi um grande prefeito
que nesta terra surgiu
seu nome era conhecido
por CORONEL MONTORIL.

Assim passou o tempo
o Coronel foi primeiro
mas para recordação
ficou o seu companheiro
com o nome bem conhecido
chamado CHICO ENFERMEIRO.

Chico Enfermeiro se foi
GALINHA DOIDA surgiu
só querendo ser bonito
mas beleza nunca viu
era uma galinha doida
com pouco tempo sumiu.

CHICO DOIDO é outra peça
que não pode ser esquecida
pois a primeira ponte
por Chico foi construída
então não vamos esquecer
deste ente tão querido.

O Chico doido morava
lá na Chagas Aguiar
dono de uma serraria
onde vivia a trabalhar
com o tempo o Chico se foi
não sabemos onde está.

surgiram quatro irmãos
antes do ralar do sol
um era o SABÁ TARTARUGA
o outro o RAIMUNDO ANZOL
E o JOÃO CAVALARIA
e MANOEL BOTIJA NO ROL

Deixemos os quatro irmãos
para seguir mais seguro
e lembrar deste personagem
pra não ficar no escuro
você ainda se lembra
do VICENTE PÉ DE BURRO.

Vicente era boa gente
só andava nos conformes
mas para atanazar sua vida
teve um azar enorme
com poucos dias pintou
na cidade o FAZ QUE DORME.

A presença do faz que dorme
esta era divertida
para acabar sua graça
apareceu o EGILDO
UM QUE se tornou famoso
como comedor de VIDRO

Comia de qualquer jeito
parecia ser milagroso
não importava o tipo
comia só de manhoso
chegou um que não acreditava
chamado CHICO DUVIDOSO.

O tal Chico duvidoso
é difícil que se esqueça
pois tinha um mal danado
que este era ruim a bessa
Ele passava o dia todo
Duvidando com a cabeça.

Balançava pra todo lado
E só fazendo besteira
cada vez que balançava
Era fazendo asneira
Duvidoso foi embora
ficou o ZÉ GAMELEIRA.

Com o tempo Gameleira
se não me engano foi morto
Mas logo em seguida pintou
o seu RAIMUNDO DO PAU TORTO
carregando água no pau
dês da beirada do porto

COM O PAU TORTO E AFIADO
PARA NÃO ESCORREGAR
CARREGAVA TODO DIA
ÁGUA PARA SE LAVAR
ENCONTROU O SEU AMIGO
chamado ZÉ TACACÁ.

Zé tacacá era gago
que apoquentava os vizinhos
Bem perto dele morava
nosso amigo ZÊ ROCHINHO
se subisse mas um pouco
encontrava o CACHIMBINHO.

Todas estas três peças
para mexer se escolhe
Vou deixá-los aí mesmo
enquanto as coisas melhorem
para fazer você lembrar
Do seu RAIMUNDO BOCA MOLE.

Boca Mole eram um velho
que tinha os lábios aleijado
os beiços tipo molambo
correndo pra todo lado
Quem não olhasse direito
Dizia que foi cagado.

CHICO PIMBA era pescador
desse que não tinha medo
morava logo aqui perto
dentro da baixa São Pedro
pra todo mundo prestou
mas o apelido era o segredo.

Para não esquentar a cabeça
também não sair da linha
agora que me lembrei
desta coisa engraçadinha
creio que vocês conhecem
a nossa amiga tortinha.

TORTINHA era boa gente
apesar do balançado
cada passo que dava
o povo dava risada
não era da sua cara
mas era do rebolado.

Vou deixar a tortinha
para ver com quem se bole
vou mexer com o seu modesto
dizem que virava RODE
o negócio é meio feio
mas comigo ninguém pode.

Mas uma dupla surgiu
para alegar o coração
PLACO PLACO e BOLA SETE
no meio da multidão
são mulheres que fizeram
homens chorar de paixão.

Quando a dupla chegava
era de encher o palco
os homens todos danados
uns mais forte outros mais fraco
quando se via dizer
chegou bola sete e placo placo.

Esta dupla vou deixar
com sucesso absoluto
para mexer com este
que está a nossa escuta
você talvez se esqueceu
do nosso amigo batuta.

BATUTA na sua casa
só escutava os esturro
pois os seus grandes amigos
era um monte de cachorro
que ajudavam o dono
a nunca pedir socorro.

Batuta aí vai ficando
com a sua cachorrada
para mexer com esta dupla
que era uma parada
cada noite tinha um
no meio da bicharada

Os dois quando estavam juntos
só em pensar me arregalo
Modesto virava BODE
E Joaquim costa cavalo
nisso quero que acredite
sempre é verdade o que falo.

Ainda restam alguém
desta dupla sensacional
mas vou deixar por aqui
pra não mexer com animal
porque lembrei um amigo
que o seu nome era PASCOAL

PASCOAL só trabalhava
não procurava conforto
o pobre além de feio
ainda era todo torto
não sabemos como foi
que um dia apareceu morto.

Mais a vida é mesmo assim
cheia deste bafafá
creia que ia esquecendo
desta beleza buscar
será que já se esqueceu
da nossa amiga BIÁ

Eu ainda não esqueci
gostava do jeito Dela
Mas agora lembrei outro
que parecia com ela
Só o nome era diferente
Pois chamavam ZÉ REMELA.

ZÉ REMELA só gostava
de andar sempre levado
o próprio nome já diz
que o cara era relaxado
Pintou o seu grande amigo
chamado DIMAS POLEGADA.

Se formos mexer com todos
estes versos não resumo
não estou podendo esquecer
do meu amigo TIRA RUMO
que carrega o seu carro
tirando sempre no prumo.

TIRA RUMO na cidade
Só pode andar vexado
pois de longe a gente vê
os seus olhos quase fechado
E fica doido da vida
quando é apelidado.

Não vou mais com tira rumo
porque se não ele se Zanga
pois estou lembrando outra
que é boa pra caramba
não sei se você conheceu
a famosa MARIA PORONGA.

Esta Maria poronga
é difícil de entender
pois pelo nome da mesma
era dura de roer
com este seu apelido
ela devia acender.

Deixe a poronga acesa
se não vai dar sururu
para lembrar outro
que a cara era um angu
o povo só lhe conhece
como ZÉ CURURU.

Zé cururu era feio
que só em olhar se espanta
apareceu um outro
que este só dava bronca
não sei se você lembra
do seu João BUNDA BRANCA.

O seu João bunda branca
vivia encabulado
por todo canto que andava
o nome era divulgado
pois o povo só pensava
que o Homem era pintado.

Vou parar com o seu João
pois pode refletir mágoa
Eu não quero entrar nisto
creia que o meu nome é chagas
pra fazer você lembrar
do famoso CORTA ÁGUA

CORTA ÁGUA onde passava
pelo povo era enxergado
pois sofreu um acidente
que quase mata o danado
e para infelicidade sua
ficou com um lado aleijado.

De longe você enxergava
o seu corpo a balançar
parece que vinha cortando
todo tempo sem parar
chamavam de corta água
pelo jeito dele andar.

Já mexi com muita gente
mas agora vou parar
se você ainda vive
Eu não quis lhe maltratar
é só para mostrar ao povo
que é bonito recordar.

Me comprando o livrinho
creia que vais me ajudar
porque sem a sua ajuda
Eu não posso prosperar
só vocês me deram forças
para a vitória alcançar.

Comecei descobrir gente
Houve até quem censurasse
Assim mesmo fui fazendo
Garanto que vai dá graça
A profissão não é esta
Se vier outro Eu faço.

São gente que já se foram
Importante é relembrar
Moro na mesma cidade
E conheço como está
A esperança não morre
Opera até se findar.

Fim
Os Prefeitos de Coari



Ao povo da minha terra
Quero apresentar aqui
O nome destes homens
Que trabalharam por ti
Vou mostrar para vocês
Os prefeitos de Coari.

Os que fizeram alguma coisa
Que se possa destacar
Vou mostrar elogiando
Para o povo se alegrar
Os que não fizeram nada
O cacete vai cantar

Depois eu não quero choro
Dizendo que eu não avisei
Se você foi bom prefeito
Ao povo todo direi
Mas se você não prestou
Seus defeitos mostrarei

Porque o povo não conhecem
Os Prefeitos que trabalharam
Muitos destes homens
Para nada não prestarão
Só foi muita decepção
Para os que neles votaram

Vou começar pelos primeiros
Para ver onde vai parar
Fazendo o povo antigo
Destes nomes recordar
Porque muitos já esqueceram
Mais agora vão lembrar

Devido pouco conhecimento
Da historia dos Prefeitos
Me contaram que o fundador
Foi João Lavor Paz Barreto
Eu não vou acrescentar nada
Pois não conheci os seus feitos

Veio o segundo Prefeito
Para Coari governar
Era o velho Salinhaque
Como costumavam chamar
Este entrou na história
Só pra você se lembrar

Foi correndo o tempo
Ai pintou o terceiro
Com o nome conhecido
Por coronel Lucas Pinheiro
Você talvez não conheceu
Mais era bom companheiro.

Eu não tenho conhecimento
Se era mal ou gente boa
Surgiu um novo Prefeito
Por nome de Capitão Pessoa
Este lutou ate o fim
Para não deixar a cidade à toa

Manoel Marques de Souza
Foi nosso sexto Prefeito
Bem pouca coisa eu sei
Para falar a seu respeito
Pelo que os outros dizem
Era um homem bom e direito.

Vou continuar mexendo
E descobrindo os segredos
Agora veio a minha mente
O Prefeito Herbert de Azevedo
Este pelo o que me contaram
Foi desta terra mais cedo

Deste eu não posso dizer nada
Pois poucas coisas restaram
Com pouco espaço de tempo
Com um tiro lhe mataram
Não deixou nem lembrança
Para os que nele votaram

O Prefeito Herbert foi morto
A nova eleição surgiu
Foi eleito Prefeito
O Coronel Montoril
Este foi um grande Prefeito
Que esta cidade já viu

Um homem trabalhador
Cheio de disposição
As sete horas já estava
Com o guarda chuva na mão
Verificando as obras
Que estavam em construção

Não tinha tempo ruim
Coragem não lhe faltava
Mais naquela época
Era na picareta e na enxada
Só fazia alguma coisa
Se fosse macho interado.

Coronel Montoril
Como era conhecido
Rasgava ruas e praças
E pelo povo era querido
Trabalhou tanto na cidade
Mas quase era esquecido

Fez uma ponte de madeira
Desta ainda me lembro
Começava na Getulio Vargas
Ate a ma 02 de dezembro
Nesta Feira do Produtor
Era um igarapé tremendo

Em frente a Getulio Vargas
Feito com maior capricho
Uma ponte de madeira
A qual chamavam trapiche
Para embelezar a cidade
E não deixar acumular lixo

Na praça tinha um coreto
Onde aconteciam as reuniões
Às vezes de homens sérios
Mais muitas vezes de ladrões
Daqueles que só aparecem
Quando é tempo de eleições

O Coronel trabalhava
Por certa parte engraçada
Gostava de ver o trabalho
Feito pela garotada
Que passava horas e horas
Quebrando pedra na calçada

Hoje em dia estes Prefeitos
Não trabalham por ruindade
Naquela época dinheiro
Era a maior dificuldade
O Prefeito só trabalhava
Se tivesse força de vontade

Hoje a coisa está mais fácil
Tem trator tem escavadeira
Pa mecânica e caçamba
Patrol e planadeira
Só que muitos são eleitos
Para roubar o dinheiro

Assim era a dificuldade
Para o coronel trabalhar
Se faltasse picareta e enxada
Não tinha com que cavar
Eram os objetos preferidos
Que não poderia faltar

Agora esta tudo fácil
Mais ninguém quer trabalhar
Se é eleito um Prefeito
A tendência é só roubar
Vamos despertar meu povo
Quando nos formos votar

Do Coronel Montoril
Ainda trago na mente
Urna frase muito linda
Que dizia num repente
Que o homem preguiçoso
Não serve para semente

Trabalhou muitos anos
Não deixou rastro de besteira
Para continuar o progresso
Entrou o Clemente Vieira
Um Prefeito que deixou
O nome na cidade inteira

Por onde você passar
Encontrara na sua frente
Uma obra bem trabalhada
Feita pelo Prefeito Clemente
Vou mostrar algumas delas
Que ainda alegram a gente

Vou começar pelo Porto
E subir pelo mercado
Pela rua independência
Esta foi toda aterrada
Tinha o pavilhão Santana
Pelo comercio foi tomada

Fez escolas na cidade
Embelezando o lugar
O povo que aqui chegava
Gostava de vê-lo trabalhar
Porque o progresso aqui
Era de qualquer um invejar

Calçou a cidade toda
Para alegria dos moradores
Trabalhava bem disposto
Por todos estes setores
Fazendo todos felizes
Senhora, menino e senhores

O Prefeito Clemente Vieira
Era excelente criatura
Construiu no centro da cidade
Uma linda Prefeitura
Para alegria do povo
E para ir mas as alturas
Lá no tauá-mirim

A escola Inês Vieira
Esta foi construída
Por Clemente Vieira
Vou mostrar mais maravilhas
Feita na cidade inteira.

Vou rodar pelo contorno
Ao qual foi todo aterrado
Ninguém podia passar
Para chegar do outro lado
No meio tinha um igarapé
Que também foi aterrado.

No bairro Duque de Caxias
Tinha pouca habitação
O Prefeito quando trabalha
E tem administração
Com pouco espaço de tempo
Se vê logo a revolução

Construiu a Escola João Vieira
Para os estudos melhorar
Ai Coari crescendo
Cada dia sem parar
Porque Prefeito como este
Esta difícil de encontrar

Quem trabalha pelo povo
O progresso nunca para
Ai chegou na cidade
A construtora COMARA
Para fazer as estradas
Que muita gente sonhara

Assim o progresso seguia
Para nos dar mais conforto
Construíram uma estrada
Da cidade ao aeroporto
Para posar os aviões
trazendo vivos e mortos.

Clemente Vieira Soares
Tinha boa administração
No seu primeiro mandato
Fez grande revolução
Trabalhava e ajudava
A esta população

Mas o povo não reconhece
Quem gosta de trabalhar
Deixaram o Clemente de lado
Para no Mussa votar
Foi quatro anos de desgraça
Que Coari foi enfrentar

Mussa chegou com pinta
De quem bota pra quebrar
E verdade ele entrou
Só vendo pra acreditar
Começou rasgando tudo
Lá na chagas Aguiar

Só fez esta arrumação
Para enganar a moçada
Daquela data em diante
Só foi fazendo cagada
Deixou a cidade toda
Por todo canto endividada.

No comercio não tinha crédito
Devia pra todo mundo
A nossa cidade gosta
Desse cabra vagabundo
Quem gosta de trabalhar
Tem uma rejeição profunda

Era débito de todo jeito
Que se torna incrível
O sujeito era tão ruim
Que se tornou inelegível
Não queira nem perto
Pois este aí é terrível

Mais o Povo é mesmo assim
Gosta de tudo errado
Não sei se este Mussa
Ate hoje não é empregado
Porque agente sempre ver
A cara deste DANADO.

Deixemos o Mussa de banda
Para ver se muda o destino
Mexer em outro Prefeito
Que pegou o major pepino
Sei que vocês estão lembrados
Do nosso amigo ENEDINO.

Enedino Monteiro da Silva
Se tornou homem interado
Pegou esta prefeitura
Por todo canto endividado
Era herança do Mussa
Que não valia um centavo.

O nosso amigo Enedino
Este quase não fez nada
Porque passou o seu mandato
Pagando conta atrasada
Deixada pelo tal Mussa
Que não prestava pra nada.

Mais Enedino fez bonito
Limpou o nome da prefeitura
Fez a rua Marechal Deodoro
Com modelo e estrutura
Vamos todos elogia-lo
Por ser bela criatura

Foi o único prefeito
Que por esta cidade passa
Que quando o outro entrou
Achou dinheiro em caixa
Trabalhou pouco na cidade
Mas deixou limpo na praça.

Foi candidato 7 vezes
Na oitava ele ganhou
Eu não sei porque razão
Tanto tempo demorou
Mas estamos satisfeitos
Com o papel que praticou.

Muito obrigado seu Enedino
Deus o tenha em bom lugar
E só o que nós podemos
Para o senhor desejar
Creio que muita gente
Do senhor vai se lembrar.

Deixou dinheiro em caixa
E um homem competente
Foi eleito pela segunda vez
O inesquecível Clemente
Um prefeito que trazia
O progresso pela frente.

Hoje cinqüenta por cento
Do que ternos na cidade
Foi feito pelo Clemente
Que trabalhava de verdade
Fazendo coisas bonitas
Para embelezar a Cidade.

Porque o homem que trabalha
Se conhece o seu ideal
Fez tanta coisa bonita
Para agradar o pessoal
Mas parece que quem trabalha
O povo só lhe quer o mal

Com exemplo deste homem
Que lutou em nosso favor
o povo lhe odiou tanto
E não lhe deram valor
Nunca mais foi eleito
Nem para Vereador

O Clemente foi embora
Porque a morte o tragou
Deixando muitas saudades
Para quem nele confiou
Muitos ainda reconhecem
Tudo o que ele deixou.

Foi único Prefeito
Que o progresso se via
Porque os Prefeitos agora
Só é festa e patifaria
Acredito que pra trabalhos
Todos eles têm alergia

São muitas as benfeitorias
Que o senhor construiu
Ruas praças e colégios
E mais belezas que surgiu
Não irei mostrar mais
Porque da mente fugiu

Obrigado Prefeito Clemente
Agradeço-lhe de coração
Sei que o povo ainda lembra
De sua boa administração
Deus o tenha em bom lugar
Esta é nossa satisfação.

Vou continuar relembrando
Dos prefeitos deste lugar
Depois que o Clemente parou
Roberval foi governar
Vamos começar de leve
Para não exagerar.

Roberval ainda novo
Faltava-lhe direção
E ter mais inteligência
E também administração
Para governar a cidade
Sem causar decepção.

Mais existe prefeitos
Que é difícil de se entender
Assume um cargo deste
Parece que não tem poder
Os outros são quem dominam
E ele nada sabe dizer

Roberval não é ma pessoa
Mas tirou urna de mole
Pois ele era prefeito
Quando apareceu o petróleo
Ficou parado no tempo
Como alguém que não se bole

A Petrobrás na cidade
Fazendo a revolução
Puxaram tudo pra Tefé
Deixaram Coari na mão
Porque a coisa é triste
Quando falta direção

Chegava dinheiro na cidade
Era aquele bafafá
Porque a grana que vinha
Só dava pros marajá
Aqui não sobrava nada
Para o homem trabalhar

Porque se pegar em dinheiro
E não tratar de o empregar
Com pouco espaço de tempo
Você não vai encontrar
Ainda mais onde tem vadio
Para o dinheiro roubar

Não adianta ser eleito
E não ter administração
Saiba que você se descuida
E os cabras metem a mão
Ainda mais cercado
Por gente de ma intenção

Foram seis anos no poder
Que é tempo de sobra
Pra quem quer fazer algo
E gosta de trabalhar
Acredito que este tempo
Dá pra se identificar

Se tem boa administração
Dá para o povo notar
Mas se você nada faz
Os outros vão lhe roubar
Era o que acontecia
você pode acreditar

Com um grande erro
Começou rapidamente
Quando pegou o genro
Para ser um empleitante
Gastarão um monte de dinheiro
Fazendo cagada na ponte

A ponte que foi feita
Com pouco tempo caiu
E o dinheiro que veio
Há muito tempo sumiu
Pra você ver meu amigo
Corno aqui tinha vadio

E por estas e outras
Que as coisas vão se dando
Mas o eleitor gosta
E de viver apanhando
Aparece qualquer promessa
O babaca vai votando

O Prefeito não era tão mal
Para ele a gente olhando
O que desgraça os seus passos
São os que andam lhe cercando
Se fosse um era bom
Mas andam logo é de bando

Vem um puxa um bocado
O outro arrasta outra parte
Quem era mais inteligente
E que fazia maior arte
Os que gostam de dinheiro
Inventavam qualquer arte

Vou deixar este prefeito
Com seu espírito de menino
Porque fez muita besteira
Não pensava no destino
Mexer em outro prefeito
Este era mais ferino

Este prefeito na cidade
Era a esperança do povo
Por ser um homem sábio
Inteligente e novo
Vamos ver o que ele fez
Para agradar o povo

Começou trabalhando
O salário não atrasava
Mas o homem não percebia
Aonde a mão colocava
Assim foi se complicando
Que era só o que faltava

Começou ate bonito
A muita gente empregando
Uma boa administração
Todo povo admirando
Quando dava o fim do mês
Os empregados ia pagando

Mas mexer com dinheiro
Muita vez da agonia
Levando dentro da cidade
Diversas secretarias
Para aumentar a renda
Assim a coisa parecia

Foi se perdendo aos pouco
Mexendo o que não era seu
Começou comprando terreno
Todo o povo percebeu
Uns já querendo saber
Como foi que enriqueceu

Daí em diante amigos
Foi se queimando na brasa
Em quase todas esquinas
O prefeito comprou uma casa
Ficou grande o seu patrimônio
Mas quase ele se arrasa

Ate hoje ainda sente
Os efeitos disto ai
Nunca mais o quiseram
Para prefeito de Coari
Eu acredito que tão cedo
O povo não lhe quer aqui
Era elogiado na cidade
Com o nome de prefeitão
Só que fim do mandato
Tirou uma de meninão
Pois deixou a prefeitura
Entregue a mão dos ladrões

Porque seu candidato perdeu
Não parou nem para pensar
De esperar o outro prefeito
Para o cargo lhe entregar
Deixou foi tudo à vontade
Para quem quisesse levar

o povo já gosta disto
Ainda mais tudo à vontade
Levaram tudo o que tinha
Quase que não fica nada
Isto para o nosso amigo
Foi urna fora desgraçada

Não é assim para fazer
Isto não muda o destino
Imagine meus amigos
Que levaram ate as cortinas
Depois de tanto elogio
Tirou uma de menino

Espero que alguém desperte
Para o que vai fazer
Porque se for candidato
Se prepare antes de acontecer
E bom que esteja disposto
Pra ganhar ou pra perder

Desculpe se exagerei
Mas é bom a gente lembrar
Que se entra na política
Preparado deve estar
Ou sai dela como herói
Ou o pau vai lhe achar

Não carece o prefeito
Meter a mão para roubar
Pode trabalhar direitinho
Que o dinheiro vai sobrar
Quem trabalha Deus ajuda
Pode você acreditar

Vou continuar escrevendo
Não dá pra parar por aqui
Quero mostrar para o povo
Os prefeitos de Coari
Vou deixar o prefeitão
E mexer com o Dr. Odair

Odair Carlos Geraldo
Também foi nosso prefeito
Mais o destino não deixou
Chegar ao fim do seu pleito
Com um ano e seis meses
Morreu com uma bala no peito

Nos deixou muitas saudades
Pois era um homem excelente
Um que não tinha hora
Para atender qualquer gente
Morreu por viver cercado
De muitos incompetentes

Estava trabalhando
Em beneficio de vocês
Ainda no seu mandato
Construiu o GM três
Lutava atrás de beneficio
Fazendo um de cada vez

Quem trabalha pelo povo
Parece ser odiado
Era muita perseguição
Isto por todos os lados
Enquanto não lhe mataram
Não ficaram sossegados

Foi morto este prefeito
O luto aqui foi geral
Levado no mesmo dia
Para a nossa capital
Porque vinha ser velado
Aqui nesta catedral

Depois para sua terra
E o caso se encerrou
Ate hoje ninguém sabe
Quem foi do tiro o autor
Sei que acabou a esperança
De quem gostava do Doutor

Com a morte do Odair
O seu vice apareceu
Meus amigos este ai
Só fez coisa que fedeu
Foi um dos piores prefeitos
Que em Coari apareceu

Começou cercando tudo
Mostrando ser trabalhador
Foi iniciando as obras
Para mostrar seu valor
Com pouco espaço de tempo
Foi aparecendo o cocô

Os trabalhadores não pagava
Foi atrasando o salário
Ate mesmo os agiotas
Com ele também dançaram
Deixou débito para todo lado
Eu não sei se já pagaram

Ate os puxa-sacos
Sofreram decepção
Pois só viam a cara dele
Na porta do avião
Só vinha aqui dar adeus
Com medo de ir para prisão

O sujeito era terrível
Gostava de fazer besteira
Vocês estão bem lembrados
Daquela ponte do Pêra !
Foi por onde começou
Fazendo a bagaceira

Botou o Cristo na Praça
Com o braço aberto indicando
Onde mostrava para o povo
O buraco que ia ficando
Hoje quando você olha
Disto ai vai se lembrando

Foi uma real idade
Tudo o que aconteceu
Antes do fim do mandato
Correndo desapareceu
Nunca mais aqui foi visto
Parece que ate morreu

O que se torna inaceitável
Para com estes cidadãos
Fazem esta palhaçada
E ficam sem punição
Não tem mínima vergonha
De ser chamado de ladrão

Sei que não deverão gostar
Do que estão escrevendo
Mais isto é bom para o povo
Viver das coisas sabendo
Para quando forem votar
Olhar o que estão fazendo

Para não dar o voto errado
E depois sofrer agonia
Vamos nos conscientizar
E votar com sabedoria
Para nós não elegermos
Aqui qualquer porcaria

Me desculpem os senhores
Se avancei o sinal
Porque vou começar mexer
Novamente com o Roberval
Que entrou no novo mandato
Onde não entrou legal

Porque tinha sido prefeito
De tudo fez um pouquinho
O povo todo orgulhoso
Para votar no velhinho
Vocês agora vão ver
O que passou o bichinho

Antes de assumir o cargo
Sofreu um grande vexame
Com poucos dias de eleito
Apareceu-lhe um derrame
Para lhe complicar a vida
E o povo entrar em pane

Porque com a saúde perfeita
Ele já não era de nada
Faça urna idéia agora
Com a sua vida abalada
Vamos esperar pra ver
Qual será o resultado

O resultado foi desastroso
Mais ele escapou da morte
Ficou urna porção de meses
Com a banda da boca torta
Mas para os familiares
Ser prefeito é o que importa

Roberval não foi mau prefeito
Só faltou mais administração
E deixar de dar muita corda
Para esta corja de ladrão
São gente sem competência
Que gostam de meter a mão

Passou novamente quatro anos
Governando esta cidade
O que nós nos maldizemos
E a falta de autoridade
Era dos tais que deixava
Os empregados à vontade

Fez muita coisa bonita
Que dá para admirar
Mandou ajeitar as ruas
Para a cidade melhorar
Em quase todos os bairros
As ruas mandou calçar

Nas escolas da cidade
Fez quadra de esporte
Ajeitou diversas delas
Confiando na sua sorte
E para ver se desperta
Nesta moçada o esporte

Com o derrame sofrido
A inteligência foi pra traz
Sua voz ninguém entendia
Porque não sai mais
Quando ia para os palanques
Só acenava e nada mais

Terminou o seu mandato
Chegou ao fim da jornada
Teve boa votação
Mais não adiantou de nada
Porque o povo reconheceu
Que estava muito acabado

Mesmo todo adoentado
O Prefeito foi levantado
Os que eram espertos
Foram se aproveitando
Assim se foi quatro anos
O nosso amigo governando

Não foi tão mau Prefeito
Isto devo reconhecer
Se fosse um homem novo
E tivesse muito saber
Garanto com certeza
Que ainda estava no poder

O povo todo agradece
Tudo o que aqui foi feito
Sei que alguém reconhece
O senhor não foi mau Prefeito
Faltou ao mais administração
Para deixar tudo no jeito

Sei que muitos reconhecem
Como andava o seu estado
Todo triste e muito feio
Alem disto adoentado
Eu corno simples escritor
Deixo um abraço apertado

Que o senhor se recupere
De tudo aquilo que sofreu
Ate os seus dias de vida
Que preocupado perdeu
Faca de agora em diante
Um grande pacto com Deus

Procure a viver a vida
Pois o senhor tem direito
Nos já ternos na cidade
Um outro novo Prefeito
Estamos todos esperançoso
Para conhecer seus feitos

Sc tiver boa administração
Que possamos perceber
No final dos quatros anos
Sua história vou escrever
Porque agora ainda não dá
Para alguma coisa dizer

Bem vindo senhor Prefeito
E a nossa satisfação
Que nestes quatro anos
Faça grande revolução
Que possa ser reconhecido
Por todo este povão

Não vá se deixar levar
Por muitos incompetentes
Que por causa destas coisas
Já vi cair muita gente
Se o senhor quer ir direito
Olhe sempre para frente

São os meus sinceros votos
Sei que você é nosso amigo
Por isso qualquer aperto
Já pode contar comigo
Administre bem a cidade
Que nunca corre perigo

Estou contando com vocês
Sei que não irão me abandonar
Para continuar escrevendo
E necessário me ajudar
Comprando este livro
Do poeta popular

Sou poeta nesta cidade
Creio que desde de menino
Estou triste porque não tenho
De ninguém um patrocínio
Acho que o povo não reconhece
Que tenho um quengo ferino

Contando para vocês
Histórias destes Prefeitos
A gente sabe quem soube
Governar aqui direito
Ainda espero um dia
Ser na cidade Prefeito

Saber quem foi bom ou ruim
Isto pra mim não interessa
Mexer com a vida alheia
Espero que não aconteça
Agradeço aos senhores
O carinho que mereço.

FIM
Tragédia do Botafogo



Sendo eu um grande artista
Ainda não pude parar
Porque este acontecimento
Quero ao povo contar
A tragédia do Botafogo
A um Barco a Naufragar

O nosso belo Amazonas
É um Rio grande e temente
Temos que andar com cuidado
Devido as grandes correntes
Porque se nos descuidarmos
Elas destrói com a gente

Para provar o que digo
Vou agora confirmar
Contando uma história
Para todos acreditar
História de um navio
Que vi nas águas se acabar

Na tarde de um belo dia
Chegando as dezoito horas
O motor se despediu
Da capital foi embora
Viajando carregado
Por este rio afora

Isto foi no dia quatorze
De um janeiro passado
Viajou a primeira noite
E não lhe aconteceu nada
Mas na segunda noite
Veio a tristeza dobrada

Este motor meu amigo
O seu nome ninguém esquece
Dominik era o seu nome
Muita gente ali fez prece
Mas neste grande rio
Se naufragou desaparece

É verdade minha gente
Tudo isto ocorrido
E não botando em conta
O tão grande prejuízo
E até a presente data
O barco vive perdido

Este caso aconteceu
Em uma alta madrugada
Os viajantes do barco
Não iam esperando nada
Porque tudo ia tranqüilo
Antes daquela encontrada

O motor se deparou
De encontro com a correnteza
O mesmo virou na hora
Por não encontrar firmeza
E dai foi que surgiu
Para ó povo tanta tristeza

Tristeza porque foram muitos
Que ali se acabaram
Uns choravam pelos mortos
Outros pelos que escaparam
Na certeza que foram muitos
corações que se abalaram

Com esta aflição toda
Sem esperar por cima
Este naufrágio aconteceu
Bem perto de Codajás
E estamos pedindo a Deus
Para não acontecer mais

Tomaram toda providência
Logo ao amanhecer do dia
O dono foi a Codajás
Comunicar a capitania
Para virem ajudá-lo
Nesta tão grande agonia

A capitania sabendo
Do que se tinha ocorrido
Vieram trazer socorro
Para os que ficaram feridos
E também conformar ao dono
Que nem tudo estava perdido

Com a caravana seguiu
Para mostrar mais valor
Juntamente com o chefe
Diversos mergulhador
Para ver se descobririam
Onde estava o motor

Mas ao chegar no local
Que viram o grande horror
Pensaram: - como nós vamos
Ajudar este senhor ?
No meio de tanta aflição
E no meio de tanta dor

Mãe chorando por seus filhos
Filhos chorando por seus pais
Porque muitos que ali morreram
Seus corpos não viram mais
Crendo que foram comidos
Pelos grandes animais

E verdade meu amigo
Este rio tudo consome
Aqui desapareceram
Tanto mulher como homem
E o rio é uma imensidão
Pode ver pelo seu nome,

Porque em água é o maior
Não existe outro igual
Tem que se andar prevendo
Pois, tudo pode ser fatal
Também morrer afogado
Isto não é genial

Certo que com a morte
Nunca se está conformado
Uns dizem que o barco virou
Por vim muito carregado
E outros já se maldizem
Que foi a falta de cuidado

Certo é que foi para o fundo
Em um lugar de horror
Uns chamam de botafogo
Outros de ponta do pavor
Foi um naufrágio horrível
Que causou tristeza e dor

E já que este lugar
E por todos mal visado
Quando se aproxima
Fica todo mundo assustado
Depois que se passa dele
O coração fica sossegado-

Sentindo já ter passado
Por este horrível lugar
Com o coração tranqüilo
O povo vai descansar
Pedindo a proteção de Deus
Para chegarem em seu lar

Muitos foram neste barco
Que em seus lares não chegaram
Porque antes do destino
No barco se liquidaram
Por ser tarde da noite
Muitos ali se acabaram

Uns saíram nadando
Para alcançar outro lado
Mais isto não realizaram
Por estarem muito cansados
Antes de alcançarem a terra
Muitos morreram afogados

Foi um grande desespero
Naquela escuridão
As mães procurando os filhos
Mas sem haver solução
Porque tudo estava escuro
Pela aquela região

Ali muitas mães morreram
Querendo o filho salvar
Porque a mãe só deixa o filho
Quando vê-lo se acabar
E se possível vai junto
Para ser do filho o par

Foi como ali aconteceu
Se acabaram mãe filhos e pais
Certas pessoas amigas
Que os nomes não lembro mais
Foi uma grande tragédia
Que ainda não houve igual

Porque eram duas cidades
O povo que ali seguia
A primeira era Coari
Que sofreu grande agonia
Ao saber desta notícia
Logo ao romper do dia

Com a notícia chegada
Houve um grande alvoroço
Tanto mexeu com os velhos
Como também com os moços
Neste dia em muitas casas
Não fizeram nem o almoço

Porque muitos só pensavam
A minha mãe se acabou
Porque foi nesta semana
Que para cá viajou
Quem sabe se ela não veio
Neste tão grande motor

Foi grande esta aflição
De boca em boca falada
Uns esperavam a reação
Pra ver o que tinha se dado
Naquele grande naufrágio
Ocorrido de madrugada

Há uma outra cidade
Enfiada nesta aflição
Que é a cidade de Tefé
A qual ficou de plantão
Para prestar socorro
A qualquer ocasião

As que eram mais de perto
Como Codajás e Coari
Prestaram todo socorro
Por serem perto dali
Pra não deixar a aflição
Tomarem conta daqui

Diversos motores chegaram
Para ali prestarem socorro
Uns dizem se eu não for
De vergonha sei que morro
Porque um naufrágio desse
Entro na parada e não corro

Com esta definição
Querendo alguém salvar
Mas porém foram bem pouco
Os que puderam escapar
Daquela grande tragédia
Onde, só Deus podia ajudar

Porque um rio como este
Digo e não peço segredo
Para onde nos dirigimos
A correnteza faz medo
Temos que nos prevenir
Pra não entrar em atropelo

Nós que somos conhecedor
Deste rio sem outro igual
Devemos nos prevenir
Fugindo sempre do mal
Porque depará com a correnteza
A morte pode ser fatal

Então vamos meus irmãos
Procurar nos defender
Porque fazendo assim
Mais vida podemos ter
Porque quem escapa de uma
Cem anos há de viver

Vamos tomar conhecimento
Enquanto a cabeça esfria
Das providências tomadas
Por nossa capitania
Que chegou com urgência
Antes do romper do dia

Os que ali chegaram
Para ajudar o cidadão
Que o mesmo estava triste
Por perder a embarcação
Porque ali só não sentia
Se não fosse um cristão

A capitania ao chegar
Tomou todo conhecimento
Para ajudar ao dono
A ter mais força e talento
E também prestar socorro
Naquele horrível momento

Chegaram e foram saber
O que ali aconteceu
O dono já sem talento
Contou o que ocorreu
E como se tornou triste
Tudo aquilo que se deu

Foram muitos os prejuízo
Assim o homem falou
Além das mercadorias
Que a correnteza levou
Ainda por cima disto
O barco não se encontrou

A capitania dirigiu-se
E ao homem interrogou
Querendo assim saber
A onde o motor se naufragou
Para saírem a procura
Diversos mergulhador

Os mergulhadores estavam
De tudo bem equipado
Para ver se descobriam
Aonde o barco tinha parado
Naquela grande correnteza
Aonde tudo é demasiado

Porque aquele lugar
Ele nunca está parado
Enquanto menos se espera
A correnteza é de todo o lado
Pra se passar por ali
Tem que andar com cuidado

Atados de correntes
Para poderem voltar
Os mergulhadores pularam
Com coragem pra mandar
Porque lugar como aquele
Nem todo cabra vai lá

Foram a primeira vez
Sem pensar o que encontrar
Com pouco deram sinal
Que já queriam voltar
Porque a correnteza
Não deixou no chão chegar

A correnteza é demais
Isto sem ter paradeiro
Muitos ali morreram
Pra salvar o companheiro
Coisa que em certos casos
Só se me desse dinheiro

Mas os homens que chegaram
Para em tudo ajudar
Pediram pra ir mais embaixo
Pra novamente pular
Para ver o que diziam
Deste honroso lugar

Foram a segunda vez
Mas sem trazer resultado
Disseram vamos a terceira
Para dar por encerrado
Porque se tentarmos mas
Nós somos prejudicados.

A última tentativa
De diversos mergulhador
Que ao voltarem do fundo
Só tristeza e muita dor
Fazendo este esforço todo
Para encontrar o motor

Foi sem futuro os esforços
Que para ali seguiu
Porque tudo se acabou
Dentro deste grande rio
Com a imensidão de água
O motor logo sumiu

Deixemos a capitania
Voltando para o capitão
Para falarmos do povo
Que ficaram passando mal
Por ter grande prejuízo
De tudo seu afinal

Os que não morreram afogados
Acabaram de completar
A grande lamentação
Mostrando tudo sem parar
Contando assim para o povo
Como puderam escapar

Uns dizem eu agradeço.
A um pau que ia baixando
Que outros não tiveram sorte
Deste pau ia avistando
Só eu me agarrei nele
E foi a vida me salvando

Foram diversas famílias
Pelas águas destruídas
Que não posso levar em conta
a quantidade de vidas
Que foram neste naufrágio
Pelos os animais comidas

Não querendo acrescentar
Mais do que ali aconteceu
E que vou pedir sempre
À proteção do bom Deus
Que ele é conhecedor
l)e todos os contos meus

Fazendo assim o proveito
De uma história real
Você passa ser um homem
Conhecedor de tudo afinal
Do acontecimento ocorrido
Em uma tragédia fatal

Por isso peço aos amigos
Para comprarem o primeiro
Pois em breve comporei outro
Conto fatos verdadeiros
Porque não posso mentir
Sou homem brasileiro

Comprando este livro
Vai logo lhe despertar
Mostrando como é bonito
A gente tranqüilo andar
Com especialidade nas águas
Onde tudo pode se acabar

Não menti nem exagerei
Contei o que se passou
Pois as noticias chegadas
Foi o que mais me encabulou
Em ver tanta tristeza
Pertinho de tanta dor

Vou encerrar o livrinho
Pra não ser muito comprido
Pedindo a Deus que abençoe
Pra que seja bem vendido
Que os amigos façam proveito
De tudo que foi escrevido

Sei que não acreditavam
Isto ser fruto daqui
Morando neste Amazonas
Esta cidade é Coari
A esperança não acaba
O carinho que recebo aqui.
Todo material desse blog está no Coari.com ao qual sou eternamente grato. Sem sombra de dúvidas, o melhor site sobre Coari.